"Quem é vivo, sempre aparece" lá diz o povo. Embora sem férias na praia, no campo ou na cidade, dei umas férias ao blog.
Estou em dívida para com os meus leitores e principalmente para com dois noivos que juntaram os trapinhos no dia 10 de Julho - já lá vai um mês e tal. Bom, mas como "mais vale tarde que nunca" (hoje apetece-me dizer provérbios, o que é que querem?), aqui estou para, tal repórter, relatar o que nesse dia se passou.
Se não me falha a memória, tudo começou pelas onze horas quando vi pela primeira vez a minha querida amiga vestida de noiva. Tão radiante e feliz como todas as noivas. Quem está habituado, como eu, a vê-la vestida o mais informalmente possível, não pode evitar a surpresa que foi vê-la, na sala dos seus pais, onde por certo passou animados serões com eles - se há alcunha que se pode pôr a esta querida amiga é "Ana Animada" -, a tirar as tradicionais fotografias. E foram tantas ou tão poucas que o coitado do noivo teve de esperar - e desesperar, acredito - uma hora no altar pela sua mais-que-tudo. Mas claro que valeu a pena. "Tudo vale a pena, se a alma não é pequena."
A cerimónia foi simples, mas repleta de testemunhas - os convidados passavam as duas centenas. A noiva primou-nos com uma leitura muito expressiva, o que não me admirou, porque sempre a conheci com a sua voz firme e radiofónica. E no final, já no adro da igreja, ao cumprimentar os seus familiares e amigos, a recém-casada não pode conter as suas lágrimas... É o concretizar de um sonho, o começar de uma nova vida - uma vida que, no caso dela, deixa de ser a três para passar a ser a dois - tudo isso mexe muito connosco, de certeza.
E depois veio a parte em que ela estava mais à vontade: a festa! Animada, desportiva, incansável, assim foi a nossa noiva. Ela comeu, ela bebeu, ela dançou, ela cantou (no karaoke), fez tudo, tudo a que tinha direito e nem os saltos altos - sim que eu bem vi :) - a impediram de se divertir. Era o dia dela e ela não o ia perder nem por um momento!
Mas, mostrando que, mesmo sendo filha única, não é nada egoísta, ainda dividiu uma parte da sua festa com duas meninas que faziam anos nesse dia e nem o tradicional bolo de aniversário faltou!
Como não lhes deixei nenhuma mensagem escrita nesse dia, deixo-a agora:
"Meus poéticos amigos - não me passaram despercebidas as mesas com os nossos autores portugueses - que sejam muito, muito felizes e que façam felizes outras pessoas. Que o amor, o respeito e o carinho nunca vos faltem. Que tenham tudo o que merecem e muito mais."
Para terminar, e uma vez que não sei qual é a vossa música, deixo-vos aqui uma que eu gosto muito. Espero que também gostem dela:
Lado Esquerdo
O meu lado esquerdo
É mais forte do que o outro
É o lado da intuição
É o lado onde mora o coração
O meu lado esquerdo
Oriente do meu instinto
É o lado que me guia no escuro
É o lado com que eu choro e com que eu sinto
Meu é o meu
Foi o meu lado esquerdo
Que me levou até ti
Quando eu já pensava
Que não existias para mim no mundo
O meu lado esquerdo
Não sabe o que é a razão
É ele que me faz sonhar
É ele que tantas vezes diz não
Meu é o meu
Foi o meu lado esquerdo
Que me levou até ti
Quando eu já pensava
Que não existias para mim no mundo
Carlos Tê
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