O meu irmão disse-me há uns dias que eu estava a adulterar o sentido de um blog. Segundo ele, um blog deve servir para dizer o que nos vai na alma.
Reflecti sobre isso; na verdade, o que tenho feito até à data é lançar “dicas”, conselhos para que o seu dia de casamento corra da melhor forma, sem sequer me questionar se o blog servia para isto ou não.
A minha intenção ao iniciar este blog foi partilhar com os leitores algumas curiosidades que fui lendo desde que me interessei por este assunto, ou seja, desde que fui pedida em casamento.
Ainda me lembro de, na mesa do copo d’água, a minha prima, que nesse dia se tinha casado, me perguntar se tinha ficado com vontade de fazer o que ela fez e ter-lhe, peremptória e rapidamente, respondido que não. A verdade é que já namorava e o namoro corria muito bem, mas não pensava em casar-me tão depressa.
Como é engraçado ver que as pessoas mudam de ideias tão depressa… Se ela me tivesse perguntado isso um ano depois a resposta seria outra… Ter-lhe-ia dito, peremptória e rapidamente, que se pudesse casava já no dia seguinte. E esta mudança de ideias não tem nada a ver com o facto do meu namorado ter decidido pedir-me em casamento. Se me tivesse pedido no dia de casamento da minha prima ter-lhe-ia dito que ainda não pensava nessas coisas, que ainda era muito cedo, mas ainda bem que ele me pediu numa altura em que eu também já o desejava.
Embora não use o anel de noivado muitas vezes, não há um único dia em que não me lembre de que estou noiva e que sonhe com o GRANDE dia.
Dizendo o que me vai na alma, posso revelar-vos que já tenho vários pormenores idealizados.
Conto casar-me num lindo e solarengo dia, numa capela alta e muito luminosa, onde o sol atravessa os bonitos vitrais e ilumina tudo e todos. Ao entrar, em direcção ao altar, onde o meu futuro esposo me espera nervoso e elegante, ouvir-se-á um trecho de uma música de Sarah Brightman “Anytime, anywhere” cantada por um grupo de tunas da Faculdade de Farmácia, a que uma das minhas madrinhas pertence. À minha frente duas criancinhas. Uma levará o cestinho das alianças e a outra deitará pequenas pétalas de rosas, formando assim um manto vermelho e perfumado. Por detrás do véu verei os nossos familiares e amigos com um rasgado sorriso e perto do altar os meus três padrinhos: as meninas muito elegantes e o menino (não menos elegante) muito comovido e de lenço na mão.
E chega de revelações. O resto verão, espero, muito em breve…
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segunda-feira, 17 de maio de 2004
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